sexta-feira, 25 de junho de 2010

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

PRÁTICA NA SALA DE AULA COM SUPERDOTADOS


A educação democrática deve levar em consideração a diversidade, contemplar as diferenças individuais e oferecer experiências de aprendizagem conforme as habilidades, interesses e potencialidades dos alunos. Portanto, alunos com superdotação merecem ter acesso a práticas educacionais que atendam às suas necessidades, possibilitando assim um melhor desenvolvimento de suas habilidades. Segundo RENZULLI (1986), o propósito da educação para os indivíduos superdotados é fornecer oportunidades máximas de auto-realização por meio do desenvolvimento e expressão de uma ou mais áreas do desempenho onde o potencial superior esteja presente.  

Considerando as políticas educacionais inclusivas, o aluno deve ser cada vez mais atendido em seus interesses, necessidades e potencialidades; cabendo a escola ousar, rever suas concepções e paradigmas educacionais, lidando com as evidências que o desenvolvimento humano oferece. O aluno com superdotação necessita de um ambiente estimulador.



METODOLOGIA E ESTRATEGIAS PEDAGÓGICAS

              
               Diferentes estratégias metodológicas e pedagógicas podem ser empregadas visando estimular as potencialidades dos superdotados. A seguir, são apresentados alguns exemplos:
  • A aprendizagem deve ser centrada no aluno, leve em consideração os interesses e habilidades;
  • Implemente atividades de enriquecimento: produção de historias.
  • Investigue os interesses, os estilos de aprendizagem (diz respeito à forma como o aluno aprende melhor: ouvindo o professor, brincando com jogos, etc.), observe-os de forma a identificar seus interesses, pontos fortes e talentos;
  • Analise e enriqueça o currículo existente de forma a identificar e incrementar situações desafiadoras para os alunos;
  • Desenvolva atividades com diferentes produtos finais;
  • Permita que os alunos comuniquem conhecimento e experiências;
  • Use variadas estratégias de ensino – visando atingir as inteligências múltiplas;
  • Envolva os alunos em atividades de soluções de problemas que os levem a transferir os objetivos de aprendizagem a situações em que a criatividade e outras habilidades de pensamento sejam empregadas;
  • Estimule os alunos a encontrar respostas para suas próprias questões por meio de projetos individuais e atividades de exploração;
  • Envolva os pais no processo de aprendizagem de seus filhos;
  • Dê ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e habilidades;
  • Estimule o aluno a avaliar seu desempenho em uma atividade ou tarefa;
  • Valorize produtos e idéias criativas;
  • Dê aos alunos a oportunidade de desenvolverem atividades com outros do mesmo nível de habilidade;
  • Ofereça aos alunos oportunidades de visitar a observar locais variados;
  • Evite rotular o aluno como superdotado, trate as diferenças individuais como um fato natural; lembre-se de que nem sempre o aluno superdotado terá desempenho excelente em todas as áreas ou atividades.


Atividades Práticas


               Temos a seguir alguns exemplos de atividades práticas levam em consideração o saber-aprender, o saber-fazer, e o saber-ser, proporcionando assim aprendizagens para toda a vida.
  • Descrição de objetos, eventos e relações;
  • Conversa com colegas cerca de experiências importantes;
  • Expressão de sentimentos em palavras;
  • Ouvir e criar ou completar histórias;
  • Ouvir, criar ou recriar canções;
  • Imitações ou criações de sons;
  • Dramatizações;
  • Reconhecimento de objetos pelo som, cheiro e formato;
  • Identificação de diferenças e semelhanças entre objetos;
  • Representação de seu corpo;
  • Análise critica de um acontecimento;
  • Pesquisa sobre tópicos de seu interesse.


Prática na Educação Infantil


               A educação infantil é o período que antecede à educação básica, sendo de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial. Neste período as influencias do ambiente desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento do potencial de cada criança. Propiciar condições que permitam a ela expressar seus interesses e desenvolver possíveis talentos deve ser o ponto de partida de uma educação diferenciada.
               Deve-se salientar e divulgar entre educadores que o aluno com superdotação necessita de uma variedade de experiências de aprendizagem enriquecedora, que estimule seu potencial. Nesse sentido, é importante atender os alunos com superdotação considerando seu desenvolvimento real, evitando contemplar níveis de desenvolvimento padronizados. O professor deve estar atento a uma possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual, afetivo ou físico. Por exemplo: uma criança superdotada pode apresentar leitura precoce, porém ter dificuldade em manipular um lápis.


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